quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Precisamos falar sobre Rozebroeken

Precisamos falar sobre Rozebroeken. Quer dizer, eu preciso falar sobre Rozebroeken, seja lá o que isso signifique em holandês. Mas, Ártemis, como é que você vai falar de uma coisa que não sabe o que é? Ah, eu posso não falar holandês, mas além de ter o google translator a meu lado, eu sei o que Rozebroeken significa em português, e ousaria até dizer em todas as línguas do mundo: o paraíso das águas cloradas!
Rozebroeken é, simplesmente, um complexo indoor de piscinas de águas deliciosamente aquecidas e brinquedos, e tobogãs, e escorregas, e uma piscina de ondas, e spa, e área com hidromassagem, e restaurante onde toda a família pode ir se divertir.
Fica a uma hora de caminhada daqui de casa (15 minutos de bike, se um dia eu perder o medo de me estabacar debaixo de um trole ou de beijar os paralelepípedos históricos) e foi a melhor coisa que fizemos aqui.
Dirão os eruditos: mas e o castelo de 1080? e os passeios de barco pelos canais? e a história, os monumentos e prédios históricos, a cultura flamenga?
Bróder, eruditos podem até ter filhos, mas eles com certeza não tem a voltagem do meu pequeno! Arthur passou uma semana falando do raio do castelo, levamos ele lá para dentro e o menino percebeu que era um museu, onde não poderia correr, gritar, pular, lamber o vidro e nem comer pedra (sim, ele tentou fazer tudo isso). Então passamos da etapa 1 para a etapa 14 da visitação, que por sinal era a última e terminava no pátio de areia entre o muro e o castelo, e ali ficamos até sermos expulsos pelo velhinho rabugento que tomava conta da portaria.
Dito isso, reafirmo: que mané essas coisinhas turísticas e históricas. Bom mesmo foi o Rozebroeken e seus milhares de litros cúbicos de água. Bom mesmo foi ir no tobogã com Arthur e ter um micro-enfarto quando ele, por três longos segundos, escapoliu do meu colo e tomou um senhor caldo no meio da correnteza. Bom mesmo foi levar um apitaço dos guarda-vidas porque Arthur estava ESCALANDO as estatuetas cuspidoras de água e gritando "olha, mamãe! tô aqui no alto!", e marido, míope em um grau ensurdecedor - quem é míope ou convive com um sabe que ocorre um fenômeno sinestésico e assim que umx míope tira os óculos, elx fica automaticamente surdx - gritando do outro lado "vai lá você, Ártemis!", embora ele estivesse a poucos passos do lugar  enquanto eu, tentando não desmaiar de fome, esperava com o dinheiro do troco na mão pelo sanduíche que pedi no restaurante. Bom mesmo foi entrar correndo, então, na piscininha infantil e levar aquele estabaco patético, em que só um lado da cara mergulha, bagunçando o cabelo parcialmente, mas arrasando por completo com a dignidade, só porque você fez um malabarismo inacreditável e salvou os cinco euros que estavam em sua mão. Vejam bem: entre a minha dignidade e cinco euros eu ando escolhendo a bufunfa!
Bom foi Arthur chegar em casa, pedir para comer, comer, pedir sobremesa, comer a sobremesa, pedir para escovar os dentes e passar fio dental (!!!) e, finalmente, colocar o pijama e dizer "mamãe, eu te amo e quero dormir". Como não amar Rozebroeken, esse lugar que acabei de conhecer, mas que já considero pacaraleo? Como não amar seu tobogã onde um gringo (local, na verdade) pinguço me canta? Como não amar seus guarda-vidas se escangalhando de rir do meu tombo?
Olha, se alguém que está lendo meu blog vier passear nestas bandas daqui, com ou sem criança, recomendo muito que vá visitar Rozebroeken e suas águas maravilhosas. Como é indoor, é programa também para inverno, viu?
E para completar minha paixão o lugar tem: 1) cercadinho/bercinho ao lado do restaurante para colocar o bebê molhado enquanto você come, sem precisar sair correndo atrás do engatinhante ou caminhante kamikase; 2) chuveirão coletivo e escaldante (ótimo para relaxar os pequenos depois da piscinada); 3) atividades para todas as idades (tem uma piscina IMENSA com estrutura para diversos esportes aquáticos e, pelo que entendi, eles têm aulas de hidro, natação e cia.); 4) passe familiar; 5) gente disposta a ajudar você com o braceletes high-tech que eles nos dão na entrada e que servem para acionar de um tudo ali dentro, inclusive as travas dos armários no vestiário).


Site oficial aqui.


Tobogã ou "rio selvagem".

Piscinhinha da perda da dignidade. No meio dá para ver a lagarta que Arthur escalou.

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